Meta considera possibilidade de introduzir versões pagas e livres de anúncios para o Facebook e Instagram; saiba mais
Facebook e Instagram pagos na União Europeia
Segundo informações do The New York Times, a Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, está considerando a possibilidade de introduzir versões pagas e livres de anúncios para suas redes sociais na Europa. Essa iniciativa tem como objetivo permitir aos usuários a opção de pagar por uma experiência sem propagandas indesejáveis, ao mesmo tempo em que as versões gratuitas permaneceriam disponíveis para o público.
Uma das motivações por trás desse possível movimento é a intenção de “acalmar os ânimos” da União Europeia, que mantém preocupações significativas relacionadas à privacidade dos usuários. No entanto, até o momento, não foram divulgados detalhes sobre os preços ou a data de lançamento dessa novidade.
Vale ressaltar que a Meta já enfrentou problemas com a União Europeia no passado, incluindo uma multa de R$ 6 bilhões em maio de 2023 por uso indevido de dados na região. A empresa foi acusada de violar a privacidade dos usuários ao transferir informações pessoais para servidores nos Estados Unidos, resultando na maior multa já aplicada pela UE a uma das grandes empresas de tecnologia. Para comparação, a Amazon recebeu uma multa de US$ 887 milhões em 2021 por não cumprir as regras de proteção de dados da UE.
Para evitar futuras sanções, a Meta já começou a oferecer aos usuários europeus a opção de desativar a publicidade direcionada em suas redes sociais. Além disso, a empresa de Mark Zuckerberg adiou o lançamento do Threads na região devido a preocupações relacionadas às regulamentações da UE.
A proposta de versões pagas surge como uma possível solução para as preocupações com a privacidade dos usuários em relação aos anúncios personalizados. A União Europeia proibiu a Meta de combinar dados coletados entre suas redes sociais na região, a menos que obtivesse consentimento explícito dos usuários. Como os serviços da empresa sempre foram gratuitos, dependendo da receita de empresas e patrocinadores que desejam anunciar em seus feeds, essa proibição criou um dilema em relação ao uso das informações do usuário.
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Embora a Meta não espere que os planos pagos para o Instagram e Facebook sejam tão populares em termos de adesão, eles podem fornecer uma alternativa e ajudar a aliviar as tensões na União Europeia.
Este não é o primeiro episódio em que a Meta tenta encontrar maneiras de contornar a legislação da União Europeia. Antes da proibição, em janeiro, a empresa já havia sido multada em 390 milhões de euros por forçar os usuários do Facebook a aceitar anúncios personalizados como condição para o uso da rede social. Em julho, a Meta recebeu uma multa de 1,3 bilhão de dólares da Comissão de Proteção de Dados da Irlanda por transferir dados de usuários europeus para os Estados Unidos, violando o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa.
Até o momento, a Meta não se pronunciou oficialmente sobre esse possível desenvolvimento.