Meta considera possibilidade de introduzir versões pagas e livres de anúncios para o Facebook e Instagram; saiba mais

Meta pode lançar versões pagas do Facebook e Instagram na Europa
A Meta está considerando oferecer versões pagas do Facebook e Instagram para usuários na Europa. A ideia seria permitir uma experiência sem anúncios para quem estiver disposto a pagar, enquanto as versões gratuitas continuariam disponíveis normalmente.
Essa possível mudança acontece em meio a um cenário de crescente pressão da União Europeia sobre o uso de dados e privacidade. Nos últimos anos, a empresa tem enfrentado desafios regulatórios no continente, o que pode estar motivando a busca por alternativas para manter sua operação sem esbarrar em novas restrições.
Por enquanto, não há informações concretas sobre preços ou quando essa opção pode chegar ao público.
As multas que fizeram a Meta mudar de estratégia
Os problemas da Meta com a União Europeia não são recentes. Em maio de 2023, a empresa recebeu uma multa de aproximadamente R$ 6 bilhões por compartilhar dados de usuários europeus com servidores nos Estados Unidos sem autorização. Foi a maior penalidade já imposta pelo bloco a uma big tech.
Antes disso, em janeiro do mesmo ano, a empresa já havia sido multada em 390 milhões de euros por obrigar usuários do Facebook a aceitar anúncios personalizados. Em julho, veio outro golpe: uma nova multa de 1,3 bilhão de dólares na Irlanda, novamente por questões de privacidade.
Diante desse cenário, a Meta tem buscado maneiras de se ajustar às normas europeias. Entre as medidas já adotadas, passou a permitir que usuários na região desativem anúncios personalizados e até adiou o lançamento do Threads por receio de novas restrições.
Versões pagas podem ser a solução?
Com as novas regras da União Europeia, a Meta ficou proibida de combinar dados entre Facebook, Instagram e WhatsApp sem o consentimento expresso do usuário. Isso afeta diretamente o modelo de negócios da empresa, que sempre foi baseado na publicidade segmentada.
A solução pode ser um serviço por assinatura, garantindo receita sem depender da venda de anúncios. Mas será que os usuários estariam dispostos a pagar por algo que sempre foi gratuito? Esse ainda é um grande ponto de interrogação.
Por enquanto, a Meta não confirmou oficialmente se pretende seguir esse caminho. O que está claro é que as grandes empresas de tecnologia estão sendo forçadas a repensar suas estratégias diante das novas regras – e isso pode mudar a forma como usamos as redes sociais nos próximos anos.